Descrição enviada pela equipe de projeto. Simplicidade. Essa é a palavra de ordem da Residência Premiê, projeto que possui o perfil dos proprietários da casa, um jovem casal com uma filha ainda bebê.
A volumetria, de linhas retas, grandes planos de vidro, brises de madeira e concreto aparente nas fachadas, tem como referência a produção da arquitetura modernista brasileira das décadas de 1950 e 1960. A edificação, composta por um volume no pavimento superior e um pilotis no térreo, reforça a leitura modernista.
As aberturas da parte íntima e social estão voltadas para o centro do terreno, sendo possível fazer a integração da área interna com a de lazer e o jardim, criando uma atmosfera de privacidade.
No pavimento térreo, foi privilegiada a integração entre os principais ambientes: living, jantar, home theater e cozinha. Já no pavimento superior, receberam atenção especial as quatro suítes da casa.
O projeto de interiores também tem um conceito contemporâneo, que valoriza a produção nacional, com muitas peças de designers brasileiros, como a poltrona Mole, de Sérgio Rodrigues, as poltronas Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, a mesa de centro Água, de Domingos Tótora, e a mesa de jantar Bank, as cadeiras com braços Bossa, o cabideiro For e o banco Blade, de Jader Almeida. O piso é basicamente todo em madeira maciça de demolição, exceto na cozinha, com pastilhas de vidro.
O projeto apresenta soluções de sustentabilidade, nas quais foram usadas recursos como a ventilação cruzada. Já os grandes planos envidraçados permitem uma ampla utilização da iluminação natural, reduzindo a necessidade de luz artificial. Ao mesmo tempo, a iluminação artificial tratou de valorizar os aspectos estéticos mais relevantes da residência, dando ares cenográficos à composição arquitetônica. Por fim, o sombreamento obtido com o próprio volume da casa, pelo posicionamento desta no terreno, pelo pergolado utilizado na área gourmet e pela vegetação do paisagismo também auxilia em um menor gasto energético para soluções de conforto térmico.
Segundo os autores do projeto, os arquitetos Taís Marchetti e Giovani Bonetti, o grande desafio e ao mesmo tempo satisfação de criar esta residência foi atender à demanda dos clientes, devido ao rico repertório arquitetônico que possuem. “O grande diferencial é realmente a relação com a arquitetura modernista brasileira, no melhor legado que deixou”, concluiu Bonetti.